sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Conheça um pouco mais das obras sociais que a Paróquia Santa Edwiges desenvolve em parceria com a Associação Sagrada Família de Nazaré.
Gostou desta obra social?
Quer nos ajudar a ampliar nosso atendimento?
Entre em contato com a Secretaria Paroquial e saiba como e onde doar.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

FESTA DO 12º ANIVERSÁRIO DA PARÓQUIA SANTA EDWIGES 2014

Alguns flashes da nossa festa:
 A igreja lotada celebrando a vida da paróquia!
 
Todos saindo para a festa!
O bingo estava animado!

Os nosso feirantes
A chuva chegou mas não espantou ninguém!
Flaviane recebendo o prêmio!
Queremos agradecer à todos que colaboraram com a festa do 12º Aniversário da Paróquia, Deus os abençoe e os guarde sempre!

quarta-feira, 12 de março de 2014

O QUE UM PADRE PODE ENSINAR SOBRE O CASAMENTO, SE ELE NÃO É CASADO?

Entenda por que um sacerdote pode ter muita experiência e conhecimento sobre o dia a dia de um casal, mesmo vivendo o celibato
© Alain PINOGES / CIRIC

Quando conto que estou cursando uma licenciatura em Matrimônio e Família, muitas pessoas costumam rir e me perguntam o que nós, padres, sabemos sobre o casamento, se não somos casados. Como um sacerdote ousa falar de uma realidade da qual ele não tem experiência?
                          
Vou começar esclarecendo um primeiro ponto: os padres são celibatários, mas isso não significa que sejam solteiros. De fato, não estão disponíveis nem livres para nenhuma mulher.

Para entender isso, é preciso ter claro que o nosso ministério sacerdotal não é "nosso" ministério sacerdotal: é o ministério de Jesus, Sacerdote eterno, o único e verdadeiro sacerdote da nova aliança.

O que os padres são e fazem não é uma mera representação da sua ação evangelizadora, mas uma participação direta da sua graça santificante, que lhes deu, em nome de Jesus, um nome, a potestade para submeter o Maligno, perdoar pecados, santificar o amor, ungir os enfermos e mostrar a beleza da sua Palavra.

Tudo isso parece muita pretensão, não é mesmo? Mas esta é a beleza e a grandeza do ministério que foi confiado aos sacerdotes. Nós, padres, não nos apropriamos de privilégios nem atributo algum; só temos responsabilidades das quais prestaremos contas diante do Senhor.

Pois bem, o apóstolo Paulo, em Efésios 5, 25-26, nos diz: Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra". Este texto nos mostra claramente a relação esponsal que Cristo tem com a Igreja, da qual é cabeça e ela, seu corpo, fazendo dos dois uma só unidade pelo amor. Cristo é esposo da Igreja e, por isso, se os padres são presença de Cristo na terra, então são verdadeiros esposos da Igreja.

Não estamos diante de uma simples ficção, mas de uma realidade de cunho teológico que se compreende quando permitimos que entrem no nosso coração aquelas palavras de Jesus: "Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda" (Mt 19, 12).

Partindo desta perspectiva, conseguimos compreender de que maneira um sacerdote é verdadeiro esposo que tem responsabilidades como as de um casal: geram filhos no batistério e sabem perfeitamente o que significa escutar aqueles que "choram" de madrugada pedindo ajuda ao seu pai.

Os padres sabem o que é educar nas diferenças e ter de perdoar os que se afastam de casa. E sabem também de infidelidades, essas que aparecem na mídia de vez em quando, mostrando a miséria de um coração que também tenta amar e que é frágil como os outros.

Como esposos, os sacerdotes conhecem o perigo da rotina no amor e o desejo que o coração tem de buscar aventuras. Sabem o que significa deitar-se bravo com a esposa, a Igreja, e querer mudá-la permanentemente, porque ela nem sempre encanta com a sua presença.

Há dias em que a esposa Igreja parece feia, desalinhada, mas os padres aprendem a amá-la assim como ela é, e buscam apaixonar-se constantemente por ela, para jamais ter de abandoná-la para buscar amantes furtivas.

Quem acha que os padres não têm nada a ensinar sobre o amor conjugal não faz ideia do que significa ser sacerdote. E o padre que se considera solteiro, tampouco. Os padres são "esposos celibatários", duas palavras que mostram uma aparente contradição, mas que nos permitem entender melhor este mistério de amor.

Além disso, como esposos, os padres têm uma palavra oportuna, de motivação, iluminadora para aqueles outros esposos que precisam enxergar uma luz no fim do túnel, para saber enfrentar o demônio da rotina e do tédio.

Os padres têm uma palavra acertada para aqueles que não veem outra solução para o seu problema a não ser o divórcio, com a enorme frustração e derrota de não ter sabido amar para sempre e a inevitável luta para buscar a justiça, que lhes permita "repartir" os filhos, como se repartem os bens da casa.

Nós, padres, temos experiência no amor matrimonial sim, conhecemos os amores e as infidelidades, sabemos do que estamos falando.

domingo, 9 de março de 2014

NOSSAS TENTAÇÕES COTIDIANAS

Todos enfrentamos tentações, grandes ou pequenas. Com Jesus não foi diferente. O evangelho deste domingo (09/03/2014) apresenta como que a síntese do que possam ser as grandes tentações da humanidade de todos os tempos.
Transformar pedras em pão: resolveria o problema da fome. Mas esse problema não se resolve num passe de mágica. Resolve-se com trabalho remunerado dignamente e com a partilha dos frutos do empenho de todos. A palavra de Deus mostra que o ser humano precisa de alimento, mas também de moradia, saúde, escola... Transformar pedras em pão pode significar sinal de abundância. Jesus não deseja abundância supérflua. Quer justiça e o necessário para uma vida digna para todos. O povo hebreu, no deserto, forjou o projeto de igualdade e fraternidade, e o diabo, no deserto, quer jogar tudo isso por terra.
Lançar-se do pináculo do templo: bom motivo para mostrar o poderio de Deus, usando seu Filho para um espetáculo gratuito. Jesus recusa o papel de messias do espetáculo e do prestígio, que pensa só em si. Deus e a religião são realidades fundamentais, não podem ser ridicularizados nem manipulados em vista de interesses pessoais.
Adorar a riqueza e o poder: eis os grandes ídolos que fascinam o ser humano e sempre foram para ele uma constante tentação, talvez a maior tentação de todos os tempos e a síntese de todas as outras. Jesus propõe o poder como serviço e a riqueza partilhada como dom de Deus em benefício de todos os cidadãos. Ele recusa-se a ser o messias do poder e da riqueza.
Como percebemos, o tentador vem na contramão da proposta de Jesus. O diabo propõe abundância fácil, Jesus propõe justiça; o diabo propõe serviço e partilha. No pai-nosso rezamos a Deus que não nos deixe cair em tentação, principalmente na grande tentação do abandono do projeto de Jesus.

Pe. Nilo Luza, ssp
Retirado de O DOMINGO, semanário litúrgico-catequético, nº 12, 09/03/2014.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

COMO ESCOLHER OS PADRINHOS DE BATISMO DO MEU FILHO?

Entenda o papel e a importância dos padrinhos de Batismo,
 muito além dos compromissos sociais e familiares
Recordo com alegria e gratidão a época em que eu era pároco. 
Houve momentos muito gratificantes e até emotivos. Quando eu 
conversava com os pais que iam pedir o Batismo para seu filho 
recém-nascido, via neles a emoção de ser pais e, às vezes, não 
encontravam sequer palavras para exprimir o que sentiam.

Sempre busquei que a acolhida fosse o mais cálida possível, pois este é 
um momento especial para a família. Além e parabenizá-los, eu lhes 
apresentava o programa de preparação que a paróquia tinha para os
 pais e padrinhos, já que o Batismo é um momento decisivo na vida dos
filhos. Quase todos aceitavam a proposta e resolviam as dificuldades de 
horário que às vezes surgem para participar dos encontros.

Mas também havia gente que não entendia a necessidade de uma preparação
 dos pais, e muito menos dos padrinhos. Às vezes, escolhiam padrinhos
 que não tinham recebido a Crisma ou não tinham a indispensável
 experiência de fé para desempenhar a missão que a Igreja confia a um 
padrinho de Batismo; então, era necessário muito esforço
 para que entendessem.

Quando os padres e catequistas me falam das dificuldades que encontram
 na pastoral pré-batismal, eu entendo perfeitamente. Com estas palavras, 
quero incentivá-los a continuar cuidando desses momentos de 
evangelização que realizam por meio das catequeses de preparação 
para este e outros sacramentos.

É preciso levar em consideração os critérios e orientações que a Igreja 
oferece para receber os sacramentos e, de maneira particular, compreender 
o que significa ser padrinho de Batismo. Os pais garantem solenemente, na celebração batismal, sua decisão de transmitir a fé aos seus filhos, 
e de fazer isso com a ajuda dos padrinhos.

Pais e padrinhos precisam dar exemplo de vida cristã àquele que será
batizado, dentro de casa e participando na vida da Igreja – sobretudo da 
Missa dominical. Para isso, a paróquia oferece esse meio de formação, as catequeses pré-batismais, e recorda aos pais que é preciso escolher padrinhos idôneos, tanto por sua maturidade humana e cristã 
como pela sua disposição a colaborar com eles na educação do batizado na fé.

Esta idoneidade dos padrinhos se concretiza em: pertencer à Igreja Católica, 
ter feito a Primeira Comunhão e recebido a Crisma, levar uma vida congruente 
com a fé e a missão que assumem e não ter se afastado da Igreja
 por um ato formal de apostasia.

Recomendo aos pais que notifiquem a paróquia sobre sua intenção de 
batizar seus filhos com antecedência suficiente para que possam se 
organizar e participar das catequeses pré-batismais. Seria belíssimo e os 
ajudaria muito a viver o nascimento do filho como um dom de Deus, se 
participassem destas catequeses antes de o filho nascer, durante a gestação.

Tenho certeza de que os sacerdotes continuarão acolhendo cordialmente 
os pais e os ajudarão a superar as situações conflituosas que às vezes surgem. 
E que convidem os paroquianos adultos a receber a Crisma, caso ainda não o tenham feito, pois ela completa o Batismo e proporciona o dom do
 Espírito Santo para crescer na vida cristã.

(Artigo de Dom Alfonso Milián Sorribas, publicado originalmente por SIC)

fonte: www.aleteia.org

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O QUE NÃO ME CUSTA NÃO TEM VALOR?

Vestir Deus com a nossa forma de pensar nos impede de abrir-nos à graça de um Pai que é amor e que se alegra com a entrega simples dos seus filhos

Uma pessoa me disse: "O que não me custa não vale nada". E eu fiquei pensando nisso. Será mesmo que o que não exige esforço não tem valor algum? Aos olhos de Deus, não vale nada fazer algo que nos agrada?


É verdade que, às vezes, acabamos acreditando nisso e nos convencemos de que somente o que nos custa é meritório. Assim, desprezamos aquilo de que gostamos, o que nos agrada, o que não nos exige nada, porque achamos que isso não tem valor.
Talvez façamos isso porque aplicamos nossa própria experiência. Pensamos que o maior amor é aquele capaz de sacrificar-se e renunciar. Achamos mais meritória uma vida cheia de esforços, sofrida, sacrificada, ao invés de uma vida aparentemente mais fácil.
É verdade que o amor que se sacrifica é grande, muito grande. Mas não cabe a nós comparar amores e julgar santidades.
Estamos sendo generosos quando renunciamos e nos sacrificamos poramor, quando damos a vida, gota a gota, a esse Deus que nos ama e por essas pessoas às quais amamos. Mas isso só tem valor quando o fazemos obedecendo a Deus, seguindo seus passos. Este sacrifício, sim, vale a pena.
Mas também há momentos de paz e luz, nos quais amamos e somos amados, nos quais vivemos a vida com alegria e desfrutando de cada momento, cada conversa, cada risada. Sim, há momentos de luz que são muito valiosos aos olhos de Deus.
O que agrada a Deus é o que fazemos por amor (custando-nos ou não). Ele se comove diante da entrega diária com alegria – ainda que pensemos que necessariamente quem mais se esforça e sacrifica é quem mais ama. Se, ao escolher entre dois bens, optamos pelo que mais nos custa, isso terá valor se o fazemos porque consideramos que é o mais agrada Deus.
Deus de Jesus, esse Deus do qual Ele nos fala nas bem-aventuranças, esse Deus a quem seguimos e amamos, é um Deus que se alegra com a nossa vida e quer sempre o nosso bem. É o Deus que nos ensina a viver e aproveitar a vida, que alegra a nossa vida inclusive na dor.
Ao referir-se à melhor atitude diante da vida, uma pessoa disse: "Não chore pelo que você perdeu, mas lute pelo que lhe resta. Não chore pelo que morreu, mas lute pelo que nasceu em você. Não chore por quem partiu, mas lute por quem está ao seu lado. Não chore por quem o odeia, mas lute por quem o ama. Não chore pelo seu passado, mas lute pelo seu presente. Não chore pelo seu sofrimento, mas lute pela sua felicidade. Com as coisas que vão nos acontecendo, vamos aprendendo que nada é impossível de solucionar-se. Apenas siga adiante".
Mas temos a tentação de vestir Deus com a nossa forma de pensar. Nós o algemamos do nosso jeito e, assim, não nos abrimos à graça de um Deusque é amor e que se alegra com a entrega simples dos seus filhos.
Deixamos de acreditar em um Deus que quer nosso bem, nossa felicidade e plenitude, e não que nos afoguemos nas dificuldades da vida. Ele não quer que vejamos nossa vida como um muro intransponível, como uma batalha na qual nunca venceremos.
Afinal, o caminho da vida, ainda que às vezes não pareça, é mais simples do que pensamos: consiste em lutar pelo que temos, pelo que está vivo, pelas pessoas com as quais caminhamos, pelo presente e pelo futuro, pela graça da felicidade. Lutar sempre, seguindo sua vontade, obedecendo sua voz.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

RAZÕES PORQUE SOU CATÓLICO

Queridos irmãos em Cristo, provavelmente alguém já perguntou a vocês porque você é católico, abaixo vão algumas razões para a nossa escolha em ser CATÓLICO.


1 - A Igreja Católica tem como seu fundador o próprio Jesus Cristo (Mt 16,18-19)
2 - A Igreja Católica é governada segundo a forma bíblica: bispos (At 20,28; Flp 1,1; Tt 1,8), presbíteros = anciãos (At 15,2-6,21,18; 1Pdr 5,1) e diáconos (At 6, 1-6).
3 - A Igreja Católica compra a sua autoridade com a sucessão apostólica.
4 - A Igreja Católica foi confirmada por Deus e inaugurada para o mundo com a vida do Espírito Santo em Pentecostes (At 2).
5 - A Igreja Católica segue a advertência bíblica contra as divisões, cismas e sectarismo (Mt 12,25; 16,18; Jo 10,16; 17,20-23; Atos 4,32; Rom 13,13; 1Cor 1,10-13; 3,3-4; 10,17; 11,18-19; 12,12-27).
6 - A Igreja Católica está fundamentada na autoridade da Bíblia (Hb 4,12-13; 2Tm 3,16-17) da Tradição, isto é o conteúdo da doutrina cristã vindo desde o começo do cristianismo que garante a continuidade da única e mesma mensagem de Cristo (2Ts 2,15; 1Cor 11,2) e do Magistério, isto é, a palavra do papa e dos bispos unidos a ele (Mt 16,19; Lc 10,16)
7 - A Igreja Católica recebeu a missão de ensinar a verdade e cuidar da sã doutrina (Mt 28,19-20 e Atos 2,42) e assim evitar o erro das interpretações particulares que provocam discussões e diversidades. Ela é "coluna e sustentáculo da verdade" (1Tim 3,15).
8 - A Igreja Católica conservou a Bíblia com todos os livros do Antigo Testamento, 46 livros, conforme o uso dos primeiros cristãos e confirmado pelos Concílios regionais de Hipona, Cartago III, Cartago IV e Trulos. E, quanto ao Novo Testamento, inspirado por Deus, estabeleceu os 27 livros. Foi ela também quem dividiu a Bíblia em capítulos e versículos para facilitar a sua leitura.
9 - A Igreja Católica tem os sete sinais da graça de Deus: os sacramentos. O Batismo (Mt 29,19), o Crisma (Atos 8,18), a Eucaristia (Mt 26,26-29), o Matrimônio (Mt 19,3-9), a Unção dos Enfermos (Tg 5,13-15), e a Ordem (instituído por Jesus durante a Última ceia, quando disse aos seus apóstolos: "Fazei isto em memória de mim" (Lc 22,19).
10 - A Igreja Católica acredita que o batismo é necessário para receber a salvação (Mc 16,16), o perdão dos pecados, o Espírito Santo (Atos 2,38) e tornar-se membro da Igreja (Atos 2,41).

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

CASTIDADE NO NAMORO, PARA QUÊ?

A ideia de não fazer sexo antes do casamento não é uma mania da 
Igreja para irritar ou perseguir você: entenda a importância da castidade
Carmen, uma espanhola de 25 anos, é jornalista e colabora com diversos jornais e instituições
do país. Além disso, é católica e tem um namorado. Nesta entrevista, ela fala da importância 
da virtude da castidade no namoro, de um ponto de vista mais humano. Segundo ela, 
“nossos órgãos sexuais produzem prazer e é fácil mostrá-los e entregá-los, mas só a 
pessoa que não quer ser reduzida a mero instrumento de prazer os guarda”.

Qual é o verdadeiro significado da pureza no namoro?

Que temos uma intimidade que nos pertence e não a entregamos a qualquer um, nem sequer
ao nosso namorado(a), ainda que seja a pessoa a quem mais amamos nesta vida e com 
quem possivelmente acabaremos casando algum dia. Quando decidimos guardar o 
nosso corpo, de certa forma estamos convidando o outro a prestar atenção em nós por dentro.

Por que guardar a virgindade no namoro hoje em dia?

Ser considerados como um simples objeto de prazer, sem que se valorize a pessoa em 
sua totalidade, é mais fácil do que parece, por não dizer que está ao alcance de qualquer 
um que conceba a relação sexual só corporal, sem uma doação completa, íntima e corporal 
da pessoa.

Quando se compartilha o corpo, mas não a alma, o que você é por dentro, a pessoa acaba 
se prostituindo. Nossos órgãos sexuais produzem prazer e é fácil mostrá-los e entregá-los, 
mas só a pessoa que não quer ser reduzida a mero instrumento de prazer os guarda.

Por que a castidade parece estar tão fora de moda atualmente?

Por falta de valores na sociedade e porque ninguém explicou aos jovens que há outra forma 
de viver um namoro. Há pessoas que pensam que, se você ama seu namorado(a), o mais 
normal é fazer sexo com ele – quando, na verdade, justamente porque você o ama, não 
faria sexo com ele.

Parece contraditório, mas, de fato, sugiro àquelas pessoas que estão pensando em fazer 
ou não sexo com o namorado(a), que lhe digam “não”, para ver como reagem. 
Se terminam o namoro por falta de sexo, é porque no fundo não amam de verdade.

Se as próprias mulheres acham que só servem para dar sexo aos homens, e que nenhum 
homem as amará sem sexo, é porque não conheceram homens de verdade, não conhecem 
a dignidade que possuem e que ninguém pode tirar delas, e não fazem a menor ideia do 
que é o amor. Elas se vendem por um preço baixo e deixam que as usem.

Também existe a mentalidade de que não posso me casar com uma pessoa se não tive vida 
sexual com ela antes (desconfiança pura e dura), se não sei como ela é na cama (objeto de 
prazer absoluto). Antes de conviver e fazersexo, é preciso conhecer profundamente a pessoa, independentemente do corporal: interesses, preocupações, visão da vida, convicções 
profundas, gostos, hobbies etc.

Outras pensam que vão conquistar o homem da sua vida com grandes decotes, minissaias, 
mostrando pernas e marcando curvas, quando, na realidade, o que conseguem é apenas 
levá-los para a cama. Não são os órgãos sexuais que nos diferenciam dos outros ou nos 
tornam singulares.

Quais são as vantagens da abstinência no namoro?

Todas as do mundo. Por exemplo, em primeiro lugar, é um desafio na vida dos namorados. 
Assim como temos novos desafios no trabalho, também aqui é preciso enfrentá-los e 
saber agir.

Em segundo lugar, a vantagem de estar aprendendo a amar o outro de verdade. Entre os 
namorados, existe atração física, mas também inteligência, vontade e liberdade. Agir 
guiados pelos instintos não nos levará a amar o outro como ele merece ser amado.

Se vivemos atendendo todas as exigências do corpo, é claro que a abstinência será impossível.
Neste sentido, os namorados devem dominar seus corpos, e não deixar que seus corpos os 
dominem, porque a tendência natural é a união conjugal.

Como você explicaria isso a uma adolescente que namora há dois dias e está muito 
apaixonada pelo namorado?

À adolescente eu diria que não mostre nem entregue seu corpo ao rapaz com quem está há 
2, 10, 150, 1.200 dias, porque ela não sabe se ele será o homem da sua vida ou alguém que 
só quer usá-la, para depois jogá-la no lixo, trocá-la por outra ou sumir se ela ficar grávida.

Muitas vezes, estes relacionamentos não dão certo porque não há verdadeiro amor, mas 
apenas curiosidade pelo sexo oposto, já que é a típica idade em que os corpos se 
transformam de crianças a adultos. Daí a importância de não fazer loucuras que depois 
custam caro e levam o adolescente a sentir-se usado como mero instrumento de prazer, 
fácil de conseguir.

E a uma moça de 20 anos?

A mesma coisa. Assim como seus pais tiram uma faca das suas mãos quando você é criança, 
porque é perigoso, a ideia de não fazer sexo com o namorado não é uma mania da Igreja 
para irritar você ou fazê-la nadar contra a corrente, mas a Igreja, como mãe, nos pede isso 
para o nosso bem, ainda que não entendamos. É preciso dar tempo ao tempo.

Que outras virtudes são necessárias durante esta etapa?

Generosidade, para doar-se continuamente ao outro, aprender a ceder; humildade, para pedir 
perdão quando agimos mal e para não impor nossa vontade; fortaleza, para fugir das tentações,
 superar as dificuldades, ter paciência; respeito mútuo, para amar-se de verdade, dizer as 
coisas com carinho e compreensão; e também simplicidade, naturalidade, veracidade, 
sinceridade absoluta, até nas pequenas coisas.

Qual é o aspecto mais bonito do namoro?

Compartilhar esse tempo com a pessoa que vai ser o homem ou mulher da sua vida. 
Esse amor que vai crescendo e amadurecendo com o tempo, tornando-se forte diante das 
dificuldades da vida, junto à confiança plena que um colocou no outro, partindo sempre da 
simplicidade e da sinceridade a todo momento.

E também o respeito de nasce desse amor e que nunca deve faltar; é isso que faz que a nossa 
vida valha a pena ser vivida. Se colocamos Deus no centro do namoro, o sucesso é garantido, 
porque damos ao nosso namoro uma visão em 3D que muitos não conhecem. 
E não imaginam o que estão perdendo.

(Artigo publicado originalmente por Católicos de España)

Texto retirado de http://www.aleteia.org

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A ALEGRIA DO EVANGELHO

Em novembro de 2013, o Santo Padre o Papa Francisco publicou a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, que fala sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual. O Papa inicia dizendo: "A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus". O texto é um convite a todos os batizados, sem distinções de papel, para que levem aos outros o amor de Jesus em um estado permanente de missão, vencendo o grande risco do mundo atual: cair em uma tristeza individualista.
O papa convida a recuperar o frescor original do Evangelho: Jesus não pode ficar preso em esquemas chatos; faz-se necessária uma conversão pastoral e missionária, que não pode manter as coisas como estão, bem como uma reforma das estruturas eclesiais, para que se tornem mais missionárias.
Abaixo colocamos algumas passagens deste precioso documentoEle pode ser visualizado no site do Vaticano ou ainda adquirido nas livrarias católicas de sua cidade.

"Há cristãos que parecem ter escolhido viver uma Quaresma sem Páscoa. Reconheço, porém, que a alegria não se vive da mesma maneira em todas as etapas e circunstâncias da vida, por vezes muito duras. Adapta-se e transforma-se, mas sempre permanece pelo menos como um feixe de luz que nasce da certeza pessoal de, não obstante o contrário, sermos infinitamente amados."

"Penso, aliás, que não se deve esperar do magistério papal uma palavra definitiva ou completa sobre todas as questões que dizem respeito à Igreja e ao mundo. Não convém que o Papa substitua os episcopados locais no discernimento de todas as problemáticas que sobressaem nos seus territórios. Neste sentido, sinto a necessidade de proceder a uma salutar 'descentralização'."

"Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja preocupada com ser o centro, e que acaba presa num emaranhado de obsessões e procedimentos."

"Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do mundo atual que à autopreservação. A reforma das estruturas, que a conversão pastoral exige, só se pode entender neste sentido: fazer com todas elas se tornem mais missionárias, que a pastoral ordinária em todas as suas instâncias seja mais comunicativa e aberta."
Este é somente um aperitivo da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, aproveite e leia este maravilhoso documento.

Texto retirado da Revista Ave Maria, Janeiro, 2014